Um exame cada vez de uso mais rotineiro na oncologia é o PET-CT. De uso restrito a casos selecionados, usualmente para seguimento de alguns pacientes já diagnosticados com alguns tipos de cânceres, o exame faz uma espécie de rastreamento de áreas hipermetabólicas com um cruzamento de imagens de tomografia computadorizada. Apesar do uso ser muito comum na oncologia, patologias inflamatórias também podem “marcar” no PET e é comum achados ocasionais de outros tumores ou lesões de outras naturezas em locais onde não era inicialmente do interesse ou da suspeita do médico assistente.
É sabido que nódulos de tireóide podem marcar no PET e há estudos mostrando que cerca de 30% dos nódulos de tireóide que marcam no PET podem confirmar malignidade. Pesquisadores norte-americanos revisaram 52593 exames de PET-CT em um único centro holandês ao longo de 10 anos e encontraram nódulos de tireóide com marcação pelo PET em 1.9% (1003 casos). Praticamente todos os casos faziam seguimento de tumores e em 24% dos casos o tumor que pesquisavam era de mama. Desse grupo de 1003 pacientes, 42% morreram, quase a totalidade de outras causas. Houve apenas 1 morte relacionada à câncer de tireóide. Desse grupo, apenas 6% foram submetidos a tireoidectomia (retirada da glândula tireóide).
A conclusão dos autores é de que, se o câncer para o qual estiver se tratando inicialmente tiver um bom prognóstico, justifica-se investigar e eventualmente tratar o nódulo de tireóide. Do contrário, observação pode ser uma conduta razoável na maioria dos casos.
Hoje cerca de 50% dos casos de nódulos de tireoide que recebemos na prática clínica são diagnosticados ao acaso, fruto especialmente dos inúmeros exames de imagem que as pessoas realizam ao longo de suas vidas e da alta frequência dessa doença. A grande maioria dos casos são benignos e não merecem tratamento. No entanto, uma vez diagnosticado o nódulo, somente a avaliação do especialista poderá fazer essa distinção. A Clínica KopfHals está à disposição. Precisando, entre em contato conosco!
