O que a Clínica Kopfhals está fazendo para inovar ainda mais na área?
Para pacientes com câncer de orofaringe, as clássicas e mórbidas cirurgias de cabeça e pescoço foram gradualmente substituídas por tratamentos baseados em quimioterapia e radioterapia nas últimas 2 a 3 décadas. A cirurgia sempre manteve seu papel em casos selecionados, especialmente para pacientes com doença inicial e anatomia favorável, possibilitando a realização de cirurgia por acesso oral.
Agora, a cirurgia robótica traz novamente a cirurgia para o cenário do tratamento do câncer de orofaringe de forma mais presente. Da mesma forma, para pacientes selecionados, a cirurgia robótica transoral (TORS) utiliza-se de óticas e braços flexíveis para atingir o alvo, em regiões de mais difícil acesso. O método tem se mostrado eficaz em mostrar a mesma capacidade de ressecar completamente o tumor, reduzindo a morbidade de longo prazo do tratamento, assim como a necessidade de tratamento complementar radioterápico.
Um dos grupos que mais tem se beneficiado dessa nova tecnologia são os pacientes com câncer de orofaringe associado à HPV. Diferentemente da maioria dos cânceres de orofaringe, usualmente acometendo homens de idade acima de 60 anos, tabagistas e etilistas de longa data, os pacientes com tumores associados à HPV são mais jovens, o que faz necessário pensar em outras formas de tratamento que evitem exposição à radiação.
Diversos estudos foram produzidos ou encontram-se em andamento, com tentativas de redução de dose de irradiação, quando indicação como complementação, exclusão de quimioterapia associada em casos selecionados e expansão da técnica para casos mais avançados, na medida em que se ganha experiência e confiança com a nova tecnologia. Não somente extensas ressecções estão sendo feitas, como também complexas reconstruções microcirúrgicas com auxílio do robô.
Algo que vai provavelmente revolucionar a TORS será a expansão do uso do sistema single port (SP), onde através de um portal de 6mm todo instrumental partirá, permitindo vantagens mecânicas, de acesso e visão, combinadas com o avanço da inteligência artificial, difíceis de mensurar a longo prazo. A equipe da KopfHals está sempre em busca de aperfeiçoamento. Por isso um de seus integrantes, o Dr. Fábio Muradás Girardi, está em processo de credenciamento na técnica robótica, em parceria com instituições de Porto Alegre e Santa Catarina.


