Pesquisadores espanhóis acompanharam uma série de 5.214 pacientes com carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço, o tipo mais comum de câncer da área, e avaliaram causas de óbito em um longo período de seguimento.
Durante o acompanhamento, 59,8% dos pacientes foram a óbito, 30,4% pela doença; 17,7% por um novo tumor (25% na cabeça e pescoço); e 11,7% por uma causa não ligada ao câncer.
O total de 71,6% dos óbitos ligados à doença inicial ocorreu dentro dos primeiros 2 anos de acompanhamento. Os piores resultados foram em mulheres, em pacientes com doença avançada, em pacientes sem histórico de tabagismo ou etilismo e com lesões localizadas na orofaringe ou hipofaringe.
Após 3 anos e meio de acompanhamento, a chance de morrer por outras causas passou a ser maior que a chance de falecer pelo tumor inicial. Esses resultados auxiliarão a definir protocolos mais custo-efetivos no seguimento desses pacientes.
Para quem já é nosso paciente, dê atenção especial ao acompanhamento periódico após o tratamento, especialmente nos primeiros 2 a 3 anos. Porém não se esqueça que as outras doenças e problemas de saúde também devem ser postos no radar e não podem ser deixados de lado. Mantenha seus check-ups, especialmente das doenças cardiovasculares e pulmonares. E prestem atenção a novos sintomas, sempre os reportando aos seus médicos.
